O Bairro da Lapinha se caracteriza por seus casarões
antigos e sua ruas estreitas,localizando-se no alto da cidade.
A Lapinha tem uma característica
festiva representada na Festa de Reis e nas comemorações do Dois de Julho.
A Igreja da Lapinha,fundada em
1771,está localizada no largo com mesmo nome,ao lado do Pavilhão Dois de
Julho,onde estão guardados os carros do Caboclo e da Cabocla que simbolizam a
participação popular na luta pela Independência da Bahia. A participação
militar neste movimento está representada no busto que homenageia o General
Labatut,francês que lutou ao lado dos brasileiros.
Quando os
padres iniciaram a devoção ao Menino Deus, criou-se a capela da Lapinha e então
o nome permaneceu. Era o limite norte da cidade no século XIX, tanto que até
hoje, o exército libertador, o exército do Dois de Julho entra na cidade a
partir da Lapinha, da Lapinha para a Liberdade era o interior. Então, a
homenagem ficou, ingressa-se na cidade a partir da Lapinha, a partir dali é que
as forças de 1823 ingressaram na cidade.” (Cid Teixeira)
www.cidteixeira.com.br
A igreja e o largo da Lapinha no inicio do século 20.
Lapinha significa uma lapa pequena, uma gruta, especialmente quando abriga um santuário,um pequeno presépio.
Fundada em 1771, no Largo da
Lapinha, pela Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, com a ajuda do Padre José
Barbosa da França Corte Real, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, é uma
valiosa e tradicional igreja, de inestimável importância histórica, social e
cultural, de Salvador.
A igreja da Lapinha
está inclusa no Ministério das Relações Exteriores, nos registros dos
monumentos em estilo moçárabe da América Latina, como sendo a única igreja no
estilo mourisco do Brasil, por conter inscrições árabes na parte superior de
suas paredes centrais, que dizem: “Esta, a casa de Deus, este, portão
do céu”.
Em 1913, o
Arcebispo da Bahia, entregou sua administração aos padres agostinianos
recoletos, que também inseriram na igreja, o culto e devoção a Nossa Senhora da
Consolação, sendo a única no estado da Bahia, e em 1915 ela foi erigida
canonicamente como uma comunidade religiosa. Em 1925 os padres agostinianos
realizaram uma grande reforma no templo, onde foram introduzidos mosaicos
vindos da Espanha, e diversos outros elementos e materiais, e seu interior foi
ricamente decorado no estilo mourisco, tornando-a muito parecida com uma
mesquita. A decoração mourisca foi uma opção do responsável pela obra, Frei
Leão Uchoa, que também era Arquiteto; que ainda ampliou as dimensões de
comprimento e largura da igreja, reinaugurando-a, em 1930.
Em 1950, os padres
vocacionistas, liderados por Dom Franco, Dom Ugo e Irmão Prisco, assumiram sua
administração e também realizaram outra grande reforma, concluída em 1970. A
partir de 1972, o Arcebispo Primaz do Brasil, assinou o decreto de formação da
paróquia da Lapinha, que tendo como padroeira, a virgem Maria, sob o titulo de
Nossa Senhora da Conceição, passou a se chamar, Igreja de Nossa Senhora da
Conceição da Lapinha. A igreja possui 6 altares laterais, além do altar
principal, e antigamente, havia missas simultaneamente em todos os altares
laterais.
Acredita-se que a
mudança da entrada oficial da igreja, tenha sido feita durante sua primeira
reforma, quando então construíram a fachada no estilo neogótico. A colocação
dos azulejos espanhóis nas paredes, e as pedras de mármore nos altares
laterais, devem ter feito parte da segunda reforma. Em vários lugares da
igreja, o piso original foi mantido, porém, coberto por um tapete vermelho.
Atualmente, a sua
entrada principal, se dá pela praça no Largo da Lapinha, entretanto, no início
de sua construção original, sua entrada principal se dava pela parte dos
fundos, voltada para o mar.
Alguns supuseram
que a igreja pudesse um dia ter sido uma mesquita, e que sua entrada principal
nos fundos, está exatamente direcionada para Meca. Entretanto, não há nenhum
registro ou evidência, de que esta suposição um dia possa ter sido verdadeira;
até porque nos registros da igreja, constam documentos que comprovam que a decoração
mourisca introduzida foi uma opção decorativa escolhida pelo frei agostiniano,
que era responsável pela reforma da igreja.
Mas se a igreja da
Lapinha não foi uma mesquita no passado, por que então, um padre agostiniano
recoleto optou pela decoração mourisca (ou moçárabe)? A Ordem dos Agostinianos
Recoletos nasceu em Castela, na Espanha, em 1588, durante a reforma da Igreja
Católica. Para entender um pouco sobre os costumes e tradições dos religiosos
espanhóis nessa época, e tentar entender os motivos que podem ter influenciado
o frei agostiniano, é preciso voltar no tempo e rever a História da Espanha...
No século XIII, os
Reis Católicos (constituídos pela Rainha de Castela, na Hispânia, e o Rei de
Aragão, na Península Ibérica) expulsaram os mouros da Península Ibérica, e
fundaram a atual Espanha; com isso, restou aos mouros, se refugiar no norte da
África.
Matéria no site : http://www.gazetadebeirute.com
Como alguns locais de
Salvador, não há muita clareza nos limites que separam a Lapinha dos bairros
que fazem fronteira como Liberdade, Caixa d'Água e Soledade. Intitulada de
Lapinha das Tradições e Ternos de Reis. Frades teriam criado uma comunidade nas
proximidades do templo.
Depois de passar por restaurações em 1958 e em 1970, a Igreja da Lapinha passou a ser paróquia tendo como padroeira Nossa Senhora da Conceição da Lapa. Antes, a igreja era ligada à Paróquia de São Cosme e São Damião na Liberdade.
É a Igreja Católica que exerce fortes influências sociais no bairro. A ela estão ligados um centro comunitário, uma creche, organizações de cursos profissionalizantes e as pastorais, que agregam serviços para a comunidade.
De acordo com um artigo feito pela mestre em História da Arte, Suzane Pinho, apesar de não ter histórico de um “bairro rico”, a Lapinha foi habitada por famílias espanholas, ocupando residências e pontos comerciais onde hoje estão o centro comunitário e um edifício na esquina do Largo com o Corredor da Lapinha.
Depois de passar por restaurações em 1958 e em 1970, a Igreja da Lapinha passou a ser paróquia tendo como padroeira Nossa Senhora da Conceição da Lapa. Antes, a igreja era ligada à Paróquia de São Cosme e São Damião na Liberdade.
É a Igreja Católica que exerce fortes influências sociais no bairro. A ela estão ligados um centro comunitário, uma creche, organizações de cursos profissionalizantes e as pastorais, que agregam serviços para a comunidade.
De acordo com um artigo feito pela mestre em História da Arte, Suzane Pinho, apesar de não ter histórico de um “bairro rico”, a Lapinha foi habitada por famílias espanholas, ocupando residências e pontos comerciais onde hoje estão o centro comunitário e um edifício na esquina do Largo com o Corredor da Lapinha.
FONTE:http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/lapinha-mantem-tradicao-religiosa-gracas-a-comunidade/
A estrada das Boiadas
A antiga Estrada das Boiadas, a Liberdade era passagem dos
bois que vinham do sertão e eram comercializados na Feira do Capuame. Em 1823, por
ali entrou o exército libertador e então, a Estrada das Boiadas passou a ser
chamada Estrada da Liberdade. Considerado como o bairro mais populoso da cidade
de Salvador, e representativo da cultura negra, o fez ser considerado pelo
Ministério da Cultura como o território nacional da cultura afro-brasileira. O
povoamento da Liberdade se deu logo depois da abolição da escravatura, com a
ida de negros libertos e ex-escravos para o local.

Fonte : http://blogopaiz.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html
Depoimentos
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”Liberdade. Aí era a estrada das boiadas. O boi que descia
do sertão era comercializado na feira do Capuame, feira de gado, Capuame, que
depois mudou o nome para Dias D’Ávila, hoje é a cidade de Dias D’Ávila, ali
estava a feira do gado. Esse gado era trazido para o abate. O abate da cidade
estava onde hoje é o terminal da Barroquinha, ali é que era o matadouro da
cidade. Por isso que o rio se chama de rio das Tripas, porque os dejetos, as
sobras do sacrifício dos animais eram jogadas no rio das Tripas. O rio das
Tripas está lá, a Baixa dos Sapateiros não existe, ela é um rio canalizado,
você anda por cima do extradorso da abóbada que cria a Baixa dos Sapateiros,
o rio das Tripas está lá. Então, este gado vinha pela estrada que você chama
da Liberdade, que era a estrada das boiadas. Em 1823, por ali entrou o
exército libertador e então, a estrada das boiadas passou a ser chamada
estrada da Liberdade.” (Cid Teixeira)
www.cidteixeira.com.br |
Amei o blog! Muito bom conhecer a história de mais um pedaço da nossa cidade. Parabéns!!
ResponderExcluirObrigada Lenise. Nossa cidade é cheia de pedaços lindos!
ExcluirAmei o blog! Muito bom conhecer a história de mais um pedaço da nossa cidade. Parabéns!!
ResponderExcluirFico lisongeado em conhecer a história do bairro que moro. Parabéns pela iniciativa do blog.
ResponderExcluirObrigada Evângelo Marques e parabéns pelo bairro importante e atrativo que você mora.
ExcluirJá morei na Lapinha! Gostei muito de conhecer um pouco mais de sua história!
ResponderExcluirAdorei o blog!
Obrigada Nadjara !
ExcluirMuito bom o blog ... Quanto mais eu leio mas vontade me dar de lê .
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa!!
Muito bom o blog ... Quanto mais eu leio mas vontade me dar de lê .
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa!!
Obrigada Lilian Pinheiro.Trarei mas coisas para você matar sua vontade de leitura!
ExcluirQue blog maravilhoso,rico em informações e com lindas fotos. Amei! Parabéns!
ResponderExcluirObrigada Magda! Venha sempre !
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